Negro, de descendência direta africana, e de família miscigenada, Obama representa uma revolução na cultura americana
Por Luan Borges
Direto ao Ponto
O novo presidente americano é negro, e com uma larga vitória.. A apuração ainda não acabou, mas Obama já conseguiu muito mais dos 270 delegados necessários. 349 contra 162 delegados do republicano John McCain. Nos votos populares, é mais 7 milhões de votos de diferença: 63.507.796 votos para Barack Obama contra 56.151.854 para John McCain, segundo os últimos dados do The New York Times.
Mas não foi apenas na vitória de Barack Obama, mas sim de todo o Partido Democrata. Nas 100 cadeiras do Senado americano, os Democratas ganharam mais 5 cadeiras: ficaram com 56 cadeiras, enquanto os Republicanos perderam 5 cadeiras: agora contam com 41.
Na Câmara de Deputados, 19 cadeiras republicanas foram para os Democratas: 254 democratas ocupam a câmara, contra 174 deputados republicanos.
Estados importantes preferiram Obama à McCain: Califórnia, com 55 delegados, a Flórida, com 27, Nova York, com 31, Pensilvânia e Illinois, ambos com 21 delegados. Já para McCain, o único estado importante preferiu McCain: o Texas, terra de George Bush.
A vitória de Barack Obama representa muito mais do que a volta dos Democratas ao comando. Representa uma nova página na história norte-americana: pela primeira vez, um negro está no comando, num país reconhecido pelo preconceito racial. Isso prova que os EUA estão mudando. A maior crise econômica desde a década de 30, mudou as idéias dos americanos. Não importa se é branco ou se é negro, o que eles querem é salvar o país da crise.
Essa eleição representa também uma grande reprovação americana ao governo de George W. Bush, cansados de terem um presidente burro, que comprou a briga do seu pai. A Guerra do Iraque, a caçada sem sucesso a Bin Laden, a ineficiência do presidente para conter a crise, tudo contribuiu para desgastar a imagem do Partido Republicano com o povo estadunidense.
Parabéns ao povo americano, que escolheu muito bem seu governante, depois de 8 anos obscuros sob o comando do tapado George Bush.
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