O Governo não liga para as drogas

Apesar de ter secretaria de prevenção ao uso de drogas, o Governo Federal não tem nenhum programa público para tal

Por Luan Borges
Ponto Notícia

Na última semana, acompanhamos o caso do humorista Marcos da Silva Herédia, conhecido como Zina, do programa “Pânico na TV!”, que foi detido portando uma cápsula de cocaína num carro. O caso, que foi comentado em toda a imprensa, fez com que o programa deixasse de lado um pouco o humor e falasse sério sobre esse grave problema que é o uso de drogas.

O programa entrevistou Izilda Alves, coordenadora do programa “Jovem Pan pela vida contra as drogas”, que revelou que o Governo Federal repassa apenas R$ 60 mil por ano, R$ 5 mil por mês, ao Estado de São Paulo para a prevenção do uso de drogas e tratamento de dependentes químicos. Izilda também revelou que 25% da população brasileira é dependente químico.

A equipe do Ponto Notícia consultou o Senador Álvaro Dias (PSDB/PR) se havia algum projeto no Congresso para uma campanha anti-drogas mais efetivas nas escolas, e a resposta que recebemos foi que “não há nenhum programa de governo instituído e o repasse de recursos para essa finalidade é pífio”, afirma Dias.

O trabalho da SENAD – Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas -, órgão que tem status de ministério se mostra ineficaz quando o assunto é realmente as políticas anti-drogas. O secretário Paulo Roberto Yog de Miranda Uchoa, que também é general-de-divisão do Exército Brasileiro, tenta implementar, sem sucesso, uma Política Nacional Antidrogas. Não há campanha de prevenção nas escolas públicas, salvo secretarias municipais para o assunto.

A deficiência do sistema público de ensino e de saúde brasileiros ajudam a agravar o problema das drogas. Em algumas comunidades carentes de São Paulo, não há uma ação social para a prevenção das drogas há mais de 20 anos. Em áreas de riscos do Rio de Janeiro, a situação se agrava: os traficantes assumem o papel do Estado, ausente nessas localidades, e conquistam o apoio da população local.

A chave mestre para a prevenção do uso de drogas é, sem dúvidas, da educação. Professores, alunos e diretores podem começar uma campanha anti-drogas em seu colégio. O uso de drogas é um problema que a população e o governo não podem fingir que não existe, pois atinge todas as classes sociais, sem distinção de raça, religião e orientação sexual.

EDITORIAL: Brasil, o país que nasceu na cagada

brasil

Em 7 de setembro de 1822, D. Pedro, no meio de uma diarreia, proclama a independência do Brasil

Por Luan Borges

Nos livros de história, a independência vem relatada assim: “No dia 7 de Setembro de 1822, Dom Pedro I proclamou a Independência do Brasil, às margens do Rio Ipiranga, libertando-nos de Portugal”.

Pintura de D. Pedro, nas margens do (posto) Ipiranga

Na sátira, D. Pedro proclama a independência as margens do Posto Ipiranga

O que não contam é que o garanhão-mor do Império, na verdade, estava acometido por uma bela diarreia no dia em que “proclamou” (sim, entre aspas mesmo) a república. Antes de dar o grito que “tornou” o Brasil independente, “Independência ou morte!”, ele havia dado uma ‘aliviada’ em uma casa próxima ao Ipiranga. O brado forte retumbante, presente no hino, é mais brado da caganeira que D. Pedro estava do que o grito de independência.

Podemos, assim dizer, que o Brasil nasceu no meio de uma cagada, e que até hoje vive na cagada. Por onde olhamos, vemos merda por todos os lados. Na política, vivemos a política do “merda até transbordar”. Vemos o caso do excelentíssimo senador, ex-presidente e sempre bigodudo José Sarney. O velhinho não conhece ninguém, nem mesmo seu afilhado de casamento e nega conhecer pessoas que tem o sobrenome Sarney. Isso não é caso pra CPI, é caso pra neurologista! Internem o Sarney, por favor, ele é o único no Brasil todo que não sabe o que é ato secreto.

Indo um pouco mais a fundo, merda maior é ver Fernando Collor de Mello, aquele que o Brasil expulsou à vassouradas do Palácio da Alvorada, de volta ao poder, dessa vez no Congresso Nacional, e ainda com pinta de homem honesto. É ou não é de causar disenteria?

Isso para não citar o caso do Mensalão. Dos 40 acusados, só dois foram impugnados. E os outros 38? São inocentes? Caso esquecido, caso abafado, caso passado.

Dizem que as merdas só estão na política. Pior que não. Me diga, quanto você paga na sua internet banda-larga? Está satisfeito com ela? Pois saiba que o que temos em mãos é sucata. Enquanto você acha que está com o produto top de linha, nas regiões mais desenvolvida, como EUA e Europa, a situação está mil vezes melhor e com o preço mil vezes menor.

Na televisão, nem se fale. Uma ataca a outra, uma acusa a outra. Uma xinga a outra. E no meio disso, o telespectador, que só quer uma programação de qualidade, onde só há “mais do mesmo”, onde a cópia impera e reina. Uma TV de primeira merda!

E no meio desse monte de bosta, está o povo brasileiro. Povo brasileiro que ri, povo brasileiro que bate palma, povo brasileiro que vive do panis et circus. Povo heroico, dê seu brado retumbante pela independência e o fim do Império da Merda Brasileira! Enquanto o país estiver deitado em berço esplêndido, nunca seremos um país de verdade. Gigante pela própria natureza, levantemos desse berço e lutemos. Façamos o futuro que espelhará essa grandeza chegar. Façamos algo pela pátria amada, Brasil!

Suplicy dá cartão vermelho para Sarney

politica

Senador Eduardo Suplicy (PT-SP) também pediu renúncia de José Sarney

Por Luan Borges
Com informações da UOL

Suplicy dá cartão vermelho ao Sarney

Suplicy dá cartão vermelho ao Sarney (foto: AE)

O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) deu um cartão vermelho para o presidente do Senado Federal, José Sarney (PMDB-AM), uma semana depois do Conselho de Ética do Senado ter arquivado as 11 acusações contra Sarney.

Suplicy levou um pedaço de papel vermelho e disse que a mensagem serviria para que os brasileiros, fãs do futebol, entenderem a importância do assunto. Suplicy ainda disse que se fosse juíz de Sarney no Conselho de Ética, tería dado o cartão. Suplicy também pediu para que seus colegas senadores repetissem o gesto.

“Quero transmitir – e falei ao presidente José Sarney pessoalmente – que para voltarmos à normalidade de funcionamento do Senado, o melhor caminho é que Sua Excelência renuncie ao cargo de presidente do Senado”, disse Suplicy, membro da bancada do partido que foi fiel da balança na operação para salvar Sarney na semana passada.

Ontem, Suplicy e Sarney trocaram farpas no Senado. Enquanto Sarney discursava sobre a homenagem feita pelo Senado ao escritor Euclides da Cunha, Suplicy criticou a posição do presidente da casa, ao agir como se estivesse tudo na mais completa paz e tranquilidade. Sarney se irritou com a crítica e interrompeu o discurso.

Para Suplicy, “o Senado sofreu um desgaste incomensurável com o arrastar dessa situação”, com uma série de denúncias contra o presidente da Casa, acusado de mau uso de recursos públicos e de influir para a contratação de familiares e assessores para cargos no Parlamento.

Sarney não estava no Senado no momento do discurso de Suplicy. Segundo ele, Sarney estava dando uma entrevista em seu gabinete.

Suplicy diz que está sendo motivado pelo “clamor das ruas”. Uma recente pesquisa do Insituto Datafolha informou que a maioria dos brasileiros querem a saída de Sarney da presidência do Senado.

Especial: O futuro da TV do passado

titulo cópia

Como seria a televisão brasileira se a TV Tupi e Excelsior não perdessem as concessões?

Por Luan Borges

Vamos fazer uma regressão: voltaremos ao ano de 1968. O Brasil vivia uma ditadura militar e na televisão haviam alguns canais: Globo, Cultura, Bandeirantes, Tupi, Record e Excelsior. Originalmente, a Excelsior foi fechada pelos militares, e a Tupi faliu. Ambas foram substituídas pela Manchete e SBT, respectivamente. A Manchete também faliu, e hoje é a deplorável RedeTV!

Mas, imaginemos que nada houvesse mudado na televisão brasileira e se a Tupi e a Excelsior ainda estivessem no ar, o que seria de diferente no cenário televisivo brasileiro? Será que a Rede Globo seria líder de audiência? Será que a televisão brasileira teria uma qualidade melhor? Será que seríamos a referência na televisão mundial?

Perfil das emissoras

A Record teria seu logotipo inspirado na NBC

A Record teria seu logotipo inspirado na NBC

Pra começar, SBT e Manchete nunca teriam existido, e, consequentemente, RedeTV também não, o que já seria um avanço! Sem o SBT, Silvio Santos não teria vendido a Record, e hoje a Record teria o espírito de alegria do SBT. Ou seja, a TV Record hoje pertenceria à Silvio Santos e nunca passaria nas mãos de Edir Macedo. Imagine hoje você sintonizando a Record nos domingos e vendo Silvio Santos jogar aviãozinho de dinheiro?

A Record, sendo assinada por Silvio Santos, teria algumas características de SBT: vinhetas copiadas de canais americanos — inclusive o logotipo –, histórico com novelas enlatadas, Chaves e programação infantil. Imagina a Record contando seus 56 anos de história com Festivais da MPB, Silvio Santos, Hebe Camargo, Bozo, Mara Maravilha, Gugu Liberato. Seria um SBT com o dobro de tamanho e história que tem hoje. Assim como o SBT, a Record de Silvio Santos seria uma alternativa aos canais líderes e seu carro-chefe seria o “Programa Silvio Santos”.

A Excelsior continuaria com os três canhões de cores

A Excelsior continuaria com seus três canhões de cores

A Excelsior seria um exemplo de estratégia e qualidade. Para quem não sabe, a Excelsior inventou a chamada “cascata”, que é quando um programa é procedido de outro com público-alvo parecido, evitando uma debandada de audiência. Inclusive, a Excelsior inventou o esquema “novela, jornal, novela”, usado até hoje pela Rede Globo. Hoje, a Excelsior iria cobrir esportes e grandes shows com qualidade realmente de primeira.

Na Tupi, o know-how da pioneira ajudaria e muito a emissora. A Tupi inventou a novela como é hoje, contando casos do cotidiano da população, enquanto a Globo fazia histórias fantasiosas com Glória Magadán. A pioneira também inovaria hoje em dia, trazendo para o Brasil o formato das séries internacionais de grande sucesso.

Tupi

A Tupi iluminaria seu logo em forma de "T" com três cores

Na Globo, não haveria comodismo por ser líder, mas sim uma luta para conseguir a liderança. Sempre buscando inovar, fechando parcerias internacionais, transmitindo grandes competições e tentando ao máximo inovar na TV.

Na Band, como não restaria muita coisa, só artistas em fim de carreira e campeonatos abandonados pelas grandes redes, acaba se tornando uma emissora exclusivamente jornalística.

Mercado

Assim como no resto do continente americano, exceto o México, a audiência na televisão brasileira seria disputadíssima. Com quatro grandes redes com extrema qualidade brigando pela liderança, haveriam mais produções na televisão, principalmente de teledramaturgia. Assim, o mercado para profissionais seria o triplo que é hoje. O mercado publicitário também seria muito mais divido, já que não haveria mais concentração de audiência numa só emissora.

Emissoras maiores gerariam mais empregos para os profissionais

Emissoras maiores gerariam mais empregos para os profissionais

Nesse cenário, a criatividade seria incetivada, já que não haveria mais uma emissora líder para copiar. Todas as emissoras teriam sua própria identidade visual diferenciada.

Além disso, para alimentar o mercado, novos autores, atores e apresentadores surgiriam, renovando a cara da televisão brasileira. Com novos autores, novas ideias surgiriam na tela, assim nascendo novas obras-primas da teledramaturgia brasileira.

Audiência

Globo, Tupi e Excelsior brigariam pela liderança a todo momento, assim com NBC, CBS e ABC nos Estados Unidos. Fazendo uma comparação bem por baixo, a Record seria como a Fox americana: mais popular, investiria em alguns setores e em alguns momentos lideraria.

A Record, com seu perfil popular, investiria em atrações como Ratinho, programas policiais, reality-shows. Enfim, seria muito parecida com o SBT atrás de uma audiência fácil e surgiria com alguns diferenciais, sendo a alternativa às emissoras líderes.

Tecnologia

Para conseguir audiência, as TVs investiriam em mobilidade

Para conseguir audiência, as TVs investiriam em mobilidade

As emissoras, para cada vez mais conquistarem público, investiriam em mídias alternativas, como os celulares com televisão, TV digital e internet, fazendo o telespectador participar ativamente dos programas das emissoras.

Imagine você podendo participar ao vivo da internet da maioria dos programas da TV brasileira, mais ativamente do que hoje. Mais uma vantagem da competição da televisão brasileira.

Teríamos uma TV com história, competitiva, inovadora, de qualidade. Enfim, teríamos a TV que desejamos. Infelizmente isso não foi possível, graças ao fim da Excelsior e Tupi. Hoje temos que nos contentar com emissora sendo usada como lavanderia, emissoras que vendem horários, repletas de amadorismo. Pelo menos na nossa fantasia, houve uma TV com qualidade de verdade.

Jornais do mundo todo trazem Michael na capa

mundo

Até o esportivo Lance! estampou a notícia na capa. Carioca Extra ganha o prêmio de capa mais bonita

Por Luan Borges

Era fato: na sexta-feira, um dia depois da morte do rei do pop, Michael Jackson, a notícia de sua morte estamparam os jornais de todo o mundo.

O Direto ao Ponto traz algumas capas selecionadas, desde os jornais brasileiros, aos jornais internacionais, com as capas mais belas e as principais capas de todo o mundo. Veja: